CJ Ramone faz show no Recife
Wilfred Gadêlha Especial para o JC Online
Os fãs pernambucanos dos Ramones podem se preparar. Dois anos após a passagem do baterista Marky Ramone pelo Abril pro Rock, mais um ex-integrante da banda americana de punk rock toca no Recife. Desta vez, é CJ Ramone, o último baixista do grupo, que se apresenta na capital pernambucana no dia 11 de julho, em comemoração aos 35 anos de fundação da formação que revolucionou o rock em meados dos anos 70.
CJ Ramone, que entrou na banda em 1989 e ficou até o fim, em 1996, vem acompanhado de uma senhora banda. Nas guitarras, Daniel Rey, produtor de vários álbuns e co-autor de algumas músicas dos Ramones, e Brian Constanza, que colabora com CJ no Bad Chopper. Na bateria, Brant Bjork, que pilotou as baquetas em bandas como o cultuado Kyuss, os chapadões californianos do Fu Manchu e o lisérgico Queens of the Stone Age.
O show vai rolar no Clube Português. De acordo com a produção do evento, os ingressos deverão custar R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia). A turnê passa ainda por São Paulo, Fortaleza, Goiânia, Brasília e Araraquara (SP).
Nascido Christopher Joseph Ward em Nova Iorque, em 1965, CJ entrou nos Ramones em 1989, substituindo nada menos do que o aloprado Dee Dee, baixista fundador da banda e autor de dezenas de hits, como Rockaway beach, Teenage lobotomy, Blitzkrieg bop, 53rd and 3rd e Pinhead.
O baixista participou de três discos de estúdio dos Ramones. Mondo bizarro, de 1992, marca a sua estreia, em que CJ canta uma das músicas mais conhecidas da última fase ramônica, Strenght to endure, além de Main man.
O álbum seguinte, Acid eaters (1993), é um grande conglomerado de homenagens dos Ramones às suas bandas de cabeceira, com músicas de Creedence Clearwater Revival, The Who, Amboy Dukes, Rolling Stones e Beach Boys.
CJ também viveu a fase mais atribulada dos Ramones, com as incontáveis rusgas entre Joey e Johnny (motivadas por questões passionais – a namorada de Joey o deixou para casar com Johnny). O fim era inevitável. O título do último disco de estúdio, de 1995, já dava a dica: Adíos amigos! É nele que constam as duas únicas músicas compostas por CJ para a banda: Scattergun e Got a lot to say. A tampa do caixão da carreira dos Ramones foi o ao vivo We’re outta here (1996).
Após o fim dos Ramones (e a morte em sequência de Joey, Dee Dee e Johnny), CJ montou as bandas Los Gusanos e Bad Chopper. Assim como Marky Ramone, não consegue se dissociar do passado e corre o mundo tocando as canções da banda mais famosa que integrou. É nesse esquema que ele chegará ao Brasil. Então, prepare-se para ouvir I wanna be sedated, Sheena is a punk rocker, Do you remember rock’n’roll radio e Psycho therapy até umas horas.
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